Nos últimos anos eu tenho tido essa tendência de virar uma pseudo-filósofa-meia-boca quando a tal data se aproxima. Daqui há exatamente uma semana, fecho um ano, e começo outro. E por isso, um zilhão de ideias tem percorrido minha mente, e eu tenho estado mais crítica do que o comum sobre vários aspectos, mas especialmente sobre mim mesma.
Quando eu era pequena, eu tinha essa ideia de que gente adulta era uma espécie diferente, mais inteligente, mais legal, mais madura e todas essas coisas mais. Eu via meus primos mais velhos e achava eles o máximo, e era incrível essa coisa de poder fazer o que você quisesse, na hora que tivesse vontade. Jurava que quando você tem acima de 18 anos você não gosta mais de desenhos, come comida saudável, já é quase um gênio e não tem medo de nada. Aaaaaah, a ingenuidade das crianças! Eu realmente fui uma criança muito ingênua, e acho isso uma coisa muito boa (embora tenha sido feita de babaca mais vezes do que gosto de me lembrar).
Agora cá estou eu, ás beiras de completar 19. Ainda tenho muito amor por desenhos animados, como mais besteiras do que gostaria, não sou uma gênia, não vejo filmes de terror e ainda durmo com a luz do corredor acesa.
Mas o que me deixa mais pensativa nisso tudo, é que eu não sou a única a ser assim. Nessas minhas reflexões meio amalucadas, eu comecei a perceber que o que vem acontecendo é uma espécie de "demora de amadurecimento" á medida que o tempo passa. Pensa só, lá na época dos nossos pais, quando você tinha seus 16 anos já tava pronto pra noivar, se casava com no máximo 20, e já tinha sua família formada aos 25. Deixava de lado as coisas que fossem referentes á sua infância e se comportaria como um adulto deveria.
Mas agora, você aí com seus 20 e poucos anos, vai dizer que você não gosta de jogar videogame? De passar umas boas horas no computador? De ver desenho animado na TV? Que você vive em função do seu trabalho, ou dos seus estudos? Ah vá, não sou mais tão babaca assim não gente, só tenho cara. A se essa coisa toda continuar, tenho medo de como poderá ser o futuro. As pessoas vão começar a agir como "adultas" lá pelos...quarenta? Sei não, hein. Vamos esperar pra ver.
Eu jurava que quando tivesse lá pelos meus 26 anos já estaria casada, com um filho, e sendo bem sucedida no que quer que eu fosse fazer. Agora já não sei bem disso tudo aí não, viu.
---x-x-x---
PS¹: Sim, eu contextualizei e fiz uma generalização baseada no que EU observo, e numa conversa que eu tive com a Lilica outro dia. Nada disso aqui foi baseado em pesquisas, ou qualquer coisa desse tipo. São apenas reflexões MINHAS, e se você não se encaixa em nada do que eu mencionei acima, PARABÉNS, viva sua vida, lave uma louça e não venha me enxer de mimimi.
PS²: Não sei se a palavra "aniversariística" do título existe. Estava em dúvida entre usar essa ou 'aniversariescas', mas achei essa mais bonitinha, então tchau.
Já pode públicar uma tese sobre isso e usar esse post como introdução. Analisando as pessoas com que convivo, é a mais pura verdade.
ResponderExcluirLembro que quando entrei na pré-adolescência (13 ANOS, NÃO COM 10 CRIANÇADA), me achava a legítima Rainha da Sabedoria. Achava que entendia da vida, do amor, do futuro, das pessoas e aí eu dei com a cara na realidade, rs.
Hoje, há seis meses de fazer 19, percebi que há muito tempo aceitei a filosofia do "só sei que não sei porra nenhuma" - é a filosofia de vida mais genial que existe.
Por mais que eu ache que entendi algo ou que aprendi uma lição, lá vem a vida me lembrar que SHE'S THE CRAZY BITCH AROUND HERE.
Mas viver é isso, né? É assistir desenho, comendo brigadeiro de panela, stalkeando alguém no Facebook, reblogando tudo no TUmblr e aproveitando tudo enquanto a vida não decidir que é hora de jogar casa, marido, roupa pra lavar e criança pra cuidar no seu colo.
Amo seus textos, Luluiza <3