10/16/2013

L'amitié.

Amizade é uma coisa bonita. Mas assim, bonita mesmo.
Quando você acha que nada no mundo pode melhorar seu humor, ter um amigo muda isso.
Um abraço (ou muitos abraços), uma palavra (ou muitas palavras), e até um olhar podem te mostrar que apesar de toda a merda, vale a pena continuar.

E conversando hoje com duas pessoas em especial, pude ter a certeza disso.
E também pude relembrar algumas coisas:

- Não existe esse lance de "amizade verdadeira". Pelo simples fato de que se não é verdadeira, não é amizade. Pode ser coleguismo, camaradagem, interesse, parceiragem...chame como quiser.

- Amizade não tem data de validade, não desgasta por uso excessivo e nem enferruja por falta de uso. Quando se tem um amigo, não importa se vocês se falam todos os dias ou uma vez no mês. Se sempre se encontram ou se raramente se veem. O sentimento se mantém o mesmo.

- Amigos também se desentendem de vez em quando. Até porque, vocês não precisam ter todas as opiniões e gostos iguais, vocês são indivíduos diferentes.

- Ciúme acontece. Seja de outro amigo, da mãe, do namorado, do passarinho, da faculdade, dos livros... enfim, de vez em quando rola aquele "para de dar atenção pra outras coisas e foca em mim aqui, faz favor?".

- Ser amigo não é só falar coisas legais. De vez em quando é preciso falar sobre aquele defeito, ou aquela coisa errada que o outro fez, ou dar aquele conselho que ninguém quer ouvir. Faz parte.

- Sou sortuda e grata por ter pessoas incríveis perto de mim.

"You just call out my name,
And you know wherever I am
I'll come running, oh yeah baby
To see you again.
Winter, spring, summer or fall,
All you have to do is call
And I'll be there, yeah, yeah, yeah
You've got a friend." 

James Taylor - You've got a friend


Bises.

10/15/2013

Quem é Maria?

Outro dia em uma das minhas aulas o professor perguntou meu nome. E eu respondi: Luiza.
Depois chegou mais uma aluna e ele perguntou o nome. E ela respondeu: Luisa.
E veio a história de sempre: "ah, tem duas Luiz/sas... ah, isso pode confundir...". Nada que já não estivéssemos acostumadas, afinal de contas, quando se convive quase diariamente com alguém cujo nome soa igual ao seu, você realmente se acostuma.
Mas na hora da chamada, veio a irritaçãozinha pra mim.
- Ué, mas só tem uma Luisa aqui.
- Sim professor, o meu é Maria Luiza, tá mais embaixo.
- Aaaaaaah, então você não é Luiza! Você me enganou!

Já cansei de passar por situações assim, de ser incriminada por não usar "meu nome" devidamente. É quase sempre o mesmo diálogo: "nossa mas Maria Luiza é tão bonito, porque você não usa seu nome?". Mas até onde eu sei, Luiza É meu nome sim. Tanto quanto qualquer outra das três partes dele. E se eu não gosto do "Maria" é por algum motivo, um motivo que é meu, e eu não deveria ser tão avidamente interpelada sobre ele.

Mas parando pra analisar, na verdade isso é inútil. E por "isso" quero dizer o que estou fazendo agora, falando sobre minha irritação para ninguém em particular e deixando exibido na internet para que qualquer estranho possa ler. Sei que é inútil porque não vai mudar o fato de que as pessoas vão continuar perguntando, e eu vou continuar me aborrecendo.

Afinal de contas, a culpa é minha por não usar meu nome direito, né? Não tenho o direito de me aborrecer com isso.

É, imaginei que vocês concordariam.

10/14/2013

Dúvida.

Uma coisa que não entendo é essa mania do ser humano de achar que pra estar feliz precisa de motivo.
E uma outra coisa que eu também não entendo, são pessoas que não podem ver os outros felizes sem motivo e teimam em mostrar motivos pra acabar com isso. Eu hein, desnecessário.


"Tão raro de se ver, param pra dizer
Para eu ser feliz para lá
Peraí, o que é que há?
Quero ver quem vai me impedir
De sorrir do Pari até o Pará.
"

5 a Seco - Feliz Pra Cachorro

10/13/2013

De gelo, coração.

Há algum tempo atrás, ela acreditava.
Nunca viveu em função dessa crença, mas sorria ao imaginar.
Não tinha tudo minimamente planejado em sua cabeça porque acreditava
Que esse tipo de coisa não se planeja, acontece.
Claro que crescer influenciada por filmes e livros ajudaram-na a construir cenários,
Mas as histórias sempre mudavam.

Com o tempo ela foi percebendo que a maneira como tudo acontecia
Não era tão bonita assim, e então decidiu começar a planejar.
Só que os problemas aumentaram, porque ninguém além dela mesma
Parecia seguir o planejamento.
E então o friozinho apareceu.

No início era só uma brisa, bem de leve que batia no peito.
Mas a cada vez que ela tomava um choque de realidade
O frio aumentava um pouquinho.
Até que ela percebeu que ali, bem do lado esquerdo
Havia um pedaço congelado.

Muitos podem pensar que ela achou estranho,
Mas na verdade ela achou interessante.
A sensação era boa, acalmava.
E desde que aconteceu a mudança, as coisas pararam de incomodar tanto.
Não tinha aperto, não tinha dor...
O frio anestesiava.

Também era um pouco solitário,
Porque ninguém conseguia resistir à temperatura por muito tempo.
Alguns chegaram a tentar, e por um tempo pareceram não se incomodar tanto,
Mas no final eles desistiram, buscando lugares mais aquecidos.

Por mais confortável que fosse pra ela,
Ela ainda receava que o frio se tornasse sua única companhia.
Foi quando ela descobriu que "até corações gelados ás vezes precisam de um cobertor".
E que amigos eram os melhores cobertores do mundo.

Apesar dos pesares,
Ela vive até hoje no Pólo Norte.
Distante de todos que poderiam descongelá-la, aquecê-la
E mostrar que no fim das contas, o verão não é tão ruim.
Mas também distante de todos que poderiam derretê-la e depois partir,
Deixando apenas a água desse derretimento escorrendo em forma de lágrimas.
Mas ela não se importa.

Ela sempre preferiu o inverno mesmo.

10/12/2013

Comprometimento.

Aaaaah como é ruim ser negligente!
Talvez esse blog seja uma das provas que demonstram porquê que poucas coisas que eu começo vão adiante. Se eu não consigo nem manter um blog feito de mim, por mim e pra mim mesma, como eu posso achar que dou conta de algo mais?
Ok, talvez o fato de que seja algo MEU seja o grande motivo.