Não comento mais sobre o quão relapsa eu tenho sido sobre meu filhote aqui, apenas adiciono em minha defesa que esse semestre tá cascudo. Acho tô com "síndrome de segunda-feira" porque quase todo dia pra mim parece segunda e meu ânimo não tá lá muito alto não. Maaaaaas como eu disse não vou ficar lamentando e mimimizando, porque quem conhece já sabe que posso prometer postar mais frequentemente e continuar postando...uma vez a cada 4 meses (vergonha), ou não prometer nada e postar quando der na telha. Não sei vocês, mas acho a segunda opção mais legal. Ótimo, então estamos conversados.
Agora indo ao ponto que me trouxe aqui depois de tanto tempo, feriadozinho legal, né? Aqui no fim do mundo tá chovendo pra dedéu e por mim tá tudo bem, tirando as pessoas reclamando de frio e de estarem solteiras no frio (principalmente com dia dos namorados chegando, parece que todos os hormônios loucos se misturam e criam um superhormônio que afeta as pessoas e deixa todos desesperados atrás de alguém pra namorar no dia 12, e aí antes do próximo carnaval já tão solteiros e se gabando disso de novo), mas beleza. Por conta dessa chuvinha linda, e da minha preguiça de sair de casa é claro, decidi passar a quinta assistindo filmes que eu gosto e já não assistia há um tempinho. Entre eles estava Orgulho e Preconceito, que por mim podem falar o quanto quiserem sobre atuação, duração, enrolação e o escambau, continua sendo um entre os favoritos, também conhecidos como "filmes que eu assisto mais de uma vez".
Pra quem não conhece ou nunca viu, o filme é baseado no livro de Jane Austen (que também é muito amor, só pra ressaltar), que narra uma história que se passa na Inglaterra, em 1797, sobre cinco irmãs que foram criadas por uma mãe com fixação em encontrar maridos que garantissem o futuro delas. Entre essas irmãs está Elizabeth Bennet (a segunda mais velha), que deseja mais do que uma vida de completa dedicação ao marido e tem a intenção de casar-se só por amor, ou virar uma solteirona. Eis que um solteiro rico (Mr Bingley) se muda pra uma propriedade vizinha e todas gostariam de atrair a atenção dele, mas a mais velha das irmãs, Jane, é quem acaba o conquistando. Enquanto isso toda uma história se desenrola entre Elizabeth e o melhor amigo de Bingley, Mr Darcy. Enfim, não falarei mais porque se deixar conto a história inteira e caso alguém queira ver/ler depois não tem graça. Um dos pontos bem focados no filme/livro é a questão do orgulho em diversos graus e personagens. A facilidade em se achar defeitos dos outros e ignorar seus próprios, e coisital.
Mas o ponto que me chamou a atenção pra criar pensamentos e perder um tempo com eles, foi que em determinado momento da história uma personagem é "acusada" de ser indiferente em relação aos sentimentos dos outros, quando na verdade ela apenas é introvertida e não sabe muito bem se expressar nessa questão em particular. Daí rolou aquele momento em que a realidade da identificação bate feito uma tijolada na cabeça: "gente, essa aí sou eu!".
Foi uma sensação meio estranha na verdade, não sei explicar muito bem. Mas o fato foi que eu percebi ali porque muita gente acaba se afastando de mim: porque eu não sei lidar com essas coisas estranhas chamadas sentimentos. Falo horas ininterruptas sobre filmes, músicas, séries, piadas, internet, ou até sentimentos dos outros, mas quando o assunto é o que EU sinto... acabou o papo. Não sei falar com naturalidade sobre, e nem mostrar isso. Meus amigos 'antigos', que já me conhecem há mais tempo já se acostumaram com isso e de um jeito ou de outro, com eles eu sei lidar. Mas isso porque quando a maioria deles me conheceu eu era uma adolescente-livro-aberto que se apegava com facilidade demais e não tinha nada que me prendesse quando se tratava de mostrar o que eu tava sentindo. Mas aí eu cresci e fui vendo que certas é coisas é melhor a gente deixar guardado pra horas certas, momentos certos, pessoas certas. Só que o problema é que eu não tenho a tal da capacidade de saber quais são esses momentos, quais são essas pessoas. Por isso eu fico na minha ou sou irônica, porque isso é o que eu sei fazer direito.
Já falei que não sou maníaca por horóscopo, mas vi uma coisa outro dia que me chamou a atenção: "Aquarianas não demonstram o que estão sentindo muito facilmente. As palavras com as quais elas expressam o seu amor são frustrantemente limitadas. Ela pode ser como um flamingo posudo e elegante nas mais diversas situações, mas em matéria de sentimentos ela se transforma num ogro estabanado. É muito comum que ela viva confundindo amor e amizade tamanho seu desligamento." Quase mandei colarem uma foto minha ali do lado fazendo joinha.
Mas o negócio, é que eu sou assim. Não sei se consigo mudar, ou talvez tenha receio do que possa acontecer caso eu mude. Então ou eu faço uma plaquinha de apresentação, ou entro em algum grupo de auto-ajuda, ou paro de reclamar que as pessoas se afastam de mim. E aí, qual a melhor opção?
xx Luiza.
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UPDATE: Em uma conversa com a Marcinha percebi que isso aí é quem eu sou mesmo, e não preciso ficar encucada ou tentar mudar, quem tiver de ficar, fica. Desculpa, mundo.
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