Outro dia em uma das minhas aulas o professor perguntou meu nome. E eu respondi: Luiza.
Depois chegou mais uma aluna e ele perguntou o nome. E ela respondeu: Luisa.
E veio a história de sempre: "ah, tem duas Luiz/sas... ah, isso pode confundir...". Nada que já não estivéssemos acostumadas, afinal de contas, quando se convive quase diariamente com alguém cujo nome soa igual ao seu, você realmente se acostuma.
Mas na hora da chamada, veio a irritaçãozinha pra mim.
- Ué, mas só tem uma Luisa aqui.
- Sim professor, o meu é Maria Luiza, tá mais embaixo.
- Aaaaaaah, então você não é Luiza! Você me enganou!
Já cansei de passar por situações assim, de ser incriminada por não usar "meu nome" devidamente. É quase sempre o mesmo diálogo: "nossa mas Maria Luiza é tão bonito, porque você não usa seu nome?". Mas até onde eu sei, Luiza É meu nome sim. Tanto quanto qualquer outra das três partes dele. E se eu não gosto do "Maria" é por algum motivo, um motivo que é meu, e eu não deveria ser tão avidamente interpelada sobre ele.
Mas parando pra analisar, na verdade isso é inútil. E por "isso" quero dizer o que estou fazendo agora, falando sobre minha irritação para ninguém em particular e deixando exibido na internet para que qualquer estranho possa ler. Sei que é inútil porque não vai mudar o fato de que as pessoas vão continuar perguntando, e eu vou continuar me aborrecendo.
Afinal de contas, a culpa é minha por não usar meu nome direito, né? Não tenho o direito de me aborrecer com isso.
É, imaginei que vocês concordariam.
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